Um dos principais objetivos dos esportes náuticos é o contato direto com a natureza e o Stand Up Padle proporciona aos praticantes a possibilidade de flutuar sobre as águas. Surgido no Havaí, a partir dos instrutores de surfe, que utilizavam pranchas maiores com remos para observar o desempenho dos alunos, a modalidade foi difundida pelo mundo a partir dos anos 2000 e desde então vem ganhando cada vez mais adeptos.

O advogado rio-grandino, Paulo Moraes, pratica o esporte desde 2014 e o considera como uma verdadeira terapia. Em uma conversa com a reportagem do site Papareia News, ele contou sobre as características, cuidados e o que as pessoas devem observar para iniciar na modalidade. O primeiro requisito é saber se equilibrar na prancha e para isso existem equipamentos adequados para esse processo de adaptação.

Segundo ele, o esporte pode ser praticado por qualquer pessoa, não havendo limitação de idade. O ideal para quem está iniciando é a utilização de uma prancha de no mínimo dez pés de comprimento por 32 polegadas de largura. Um equipamento como esse já permite que o praticante possa realizar remadas em qualquer curso d'água, como arroios e lagoas, locais com poucas ondas e que facilitam a ambientação.

Remar em águas abertas requer uma série de cuidados que devem ser observados, entre eles a direção do vento. Segundo Paulo, o ato de remar em pé sofre diretamente a influência das rajadas e se não houver esse cuidado, a pessoa poderá ter de fazer um esforço excessivo para movimentar a prancha ou até mesmo correr o risco de ser levada pela correnteza e necessitar de socorro dos guarda-vidas.

Ainda conforme Moraes, Rio Grande se caracteriza como uma cidade rica para a realização de expedições. Ele lembrou de oportunidades em que realizou travessias para São José do Norte, remadas em torno das ilhas, passeios pelo canal do Porto do Rio Grande, entre outras. "O grande segredo para a prática do Stand Up é estar cercado das informações a respeito do vento", reforçou o jurista.

O Stand Up Padle é dividido em duas categorias e para cada uma delas existe um tipo de prancha específico. Nas remadas de trajeto, aquelas vistas com facilidade na Lagoa dos Patos, a prancha a ser utilizada é do tipo Race que é mais comprida e estreita para ganho de velocidade. Já para as do tipo sup wave, aquelas em que o praticante surfa nas ondas, o ideal é que sejam utilizadas pranchas menores, de aproximadamente nove pés.

Apaixonado pelo esporte, Paulo contou que rema sempre que possível e indicou até mesmo o melhor período do dia para praticá-lo no Cassino: pela manhã, entre 07h30 e 09h30. "É um grande prazer. Por mais que pareça clichê, a gente tem a condição de estar conectado com a natureza. Na remada de trajeto, por exemplo, a pessoa tem a possibilidade de relaxar a cabeça e curtir a paisagem", finalizou ele.

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