Cerca de 20 mil consumidores chegaram a ficar sem energia na região, depois da passagem da chuva e do vento forte desta quinta-feira. A maioria dos casos ficaram concentrados na cidade de Pelotas, mas durante o dia as equipes da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) conseguiram restabelecer o fornecimento para boa parte desse número, restando apenas o que a empresa chama de casos pontuais.

Em Rio Grande, a Defesa Civil iniciou os atendimentos por volta das 05h da manhã, quando os primeiros relatos de galhos e árvores caídas começaram a surgir. De acordo com o coordenador do órgão de proteção e defesa da comunidade, Rudimar Machado, os casos foram registrados em diversos pontos do centro e dos bairros, com destaque para a Praça Sete de Setembro que teve vegetais frondosos atingidos.

Além daquelas que vieram ao chão com a força do vento, as equipes da Prefeitura Municipal promoveram a poda das que também apresentavam risco de queda, com a intenção de minimizar os impactos. A medida de prevenção foi aplicada na Praça Tamandaré, assim como a limpeza das vias que são utilizadas pela população que chega ao centro através do transporte coletivo.

O trabalho de monitoramento seguiu durante todo o dia, sendo que na Rua Jockey Club, por exemplo, um galho de eucalipto foi localizado caído ao lado de uma parada de ônibus pelos técnicos da Defesa Civil. Equipes do Trânsito e da Guarda Municipal também auxiliaram avisando os servidores sobre árvores caídas durante seus patrulhamentos, como foi o caso da Rua Visconde do Rio Grande.

Já durante a noite, os profissionais foram acionados para uma situação de fio da rede elétrica caído sobre a via, na rótula da Saturnino de Brito com Roberto Socoowiski. No local, a Defesa Civil constatou que se tratava de um cabo da iluminação pública que havia se rompido e não apresentava características de estar energizado. Imediatamente o setor de iluminação foi informado sobre o caso.

Segundo a Metsul Meteorologia, os ventos apresentaram velocidades variadas nos municípios atingidos, mas estiveram entre 60 km/h e 97 km/h. Um dos motivos para as rajadas fortes é a chegada da frente fria com o encontro da sua massa de ar mais frio com a de ar quente trazida pela corrente de jato. "A troca de massas de ar perturba a atmosfera, forma nuvens de maior desenvolvimento vertical e, por fim, o vento".