TRABALHADORES DA SAÚDE SUBSTITUEM REI MOMO E RECEBEM CHAVE NO RIO

  • O prefeito Eduardo Paes recebeu a chave das mãos do Rei Momo, Djeferson Mendes, e as transferiu para profissionais de saúde, entre elas a enfermeira Adélia Maria dos Santos, funcionária da Secretaria Municipal de Saúde desde 1979. Foto: Beth Santos/Prefeitura do Rio

Todos os anos, o carnaval é oficialmente aberto no Rio de Janeiro com a cerimônia de entrega da chave da cidade ao Rei Momo. Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, que levou ao cancelamento das tradicionais atrações carnavalescas na capital fluminense, a prefeitura decidiu realizar um evento para chamar atenção para o combate à Covid-19. Dessa vez, a chave foi entregue a duas profissionais de saúde que atuam na linha de frente.

A cerimônia ocorreu na noite desta sexta-feira (12), no Sambódromo. O prefeito Eduardo Paes recebeu a chave das mãos do Rei Momo, Djeferson Mendes, e as transferiu para profissionais de saúde, entre elas a enfermeira Adélia Maria dos Santos. Ela é servidora vinculada à Secretaria Municipal de Saúde desde 1979 e também foi a responsável por aplicar a primeira vacina contra Covid-19 na cidade.

"A gente passa por um momento difícil na história da humanidade, difícil pra todos nós brasileiros e difícil pra nós cariocas, porque não nos permite realizar essa festa, que acima de tudo celebra vida, amizade, carinho entre as pessoas e alegria", disse Paes.

O evento marcou também a inauguração da iluminação especial instalada no Sambódromo. Ela foi planejada pela Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) e funcionará até o dia 20 de fevereiro, em homenagem às vítimas da Covid-19. Ao longo desse período, as arquibancadas e a avenida onde ocorrem os desfiles estarão com as cores das escolas de samba.

A concentração e o desfile de blocos e escolas de samba estão proibidos no Rio por força de um decreto municipal. Em caso de descumprimento, poderão ser apreendidos os instrumentos musicais e os responsáveis serão multados. A possibilidade de se realizar um carnaval fora de época, no mês de julho, também já foi descartada pelo prefeito Eduardo Paes.

A medida conta com o apoio da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), entidade que representa as agremiações que se apresentam no Grupo Especial. Diversos blocos de rua tradicionais também se manifestaram favoráveis e lançaram uma campanha pelo distanciamento social. Alguns deles estão programando transmissão de apresentações online.

Agência Brasil