Em cumprimento de agenda nas cidades de São José do Norte e Rio Grande, o deputado estadual Luiz Henrique Viana (PSDB) visitou as instalações da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Rio Grande (Amar). O parlamentar, que um atuante na causa há muitos anos, conheceu de perto a realidade enfrentada pelos gestores da entidade que funciona como um centro de referência para famílias e pessoas com transtorno do espectro autista.

Acompanhado do chefe de gabinete, Pablo Rodrigues, do assessor de imprensa, Vinícius Conrad, e do comunicador Selmo Júnior, Viana percorreu cada um dos espaços da sede da associação e ouviu do presidente, Gilton Lira, e da assistente social, Rosane Farias, seus principais anseios. O deputado também conversou sobre o programa que o estado pretende lançar até abril que contempla um tratamento e um acolhimento mais amplo dessa população.

Ao final do encontro, o parlamentar conversou com a reportagem do site Papareia News sobre suas impressões acerca do trabalho desenvolvido pela Amar. “Vi aqui um trabalho muito bem realizado. Fico encantado pelo trabalho que eles fazem, seja de acolhimento e de tratamento dos autistas. Rio Grande, graças a Deus, tem aqui uma instituição dedicada, que trabalha, atende e se preocupa”, afirmou Viana.

“O estado tem um programa especifico que está sendo concluído para que o estado possa participar mais efetivamente desse problema de falta de atendimento. O estado está trabalhando em uma política que, em breve vai ser anunciada, e que vai colaborar muito com instituições que possam se adequar a tudo que o programa estabelece”, completou o deputado que criou uma frente parlamentar de conscientização sobre o autista.

A assistente social da Amar, Rosane Farias, também falou sobre a visita. “Essa visita do deputado nos traz uma expectativa de que a gente tem chance de conseguir algo melhor para a nossa associação. A Amar, na cidade, é de suma importância. A gente trabalha direto com as famílias e faz o trabalho que seria da rede. Quanto mais pessoas tiverem conhecimento do que faz a associação terá um ganho muito importante para nós e as famílias”, disse ela.

Sobre a criação do programa, Rosane disse que, particularmente, seria a realização de um sonho. “A família, quando recebe esse diagnóstico, e traz esse retorno para mim eu não tenho o que dar de respaldo. A gente não tem uma equipe multiprofissional para poder fazer esse atendimento, então a gente trabalha aqui com o que tem. Olha a grandeza e o espetáculo se nós tivéssemos essa disponibilidade de encaminhar para o profissional adequado”, afirmou.

“Eu fico muito triste, quando a família retorna com o laudo para mim e eu tenho que olhar nos olhos dessa mãe e dizer que eu não tenho mais o que fazer por ela. O que eu tenho para fazer é orientá-la para que ela faça um cadastro único, procure os direitos, mas a terapia que é fundamental a gente não tem. A esperança da família, quando procura a Amar, é justamente isso: o vocês podem fazer?”, lamentou ela.