DECRETO DO GOVERNO DO ESTADO ESTIMULA IMPORTAÇÃO PELO RS

  • Com o decreto, fica equalizado o tratamento tributário nas importações de produtos que não sejam produzidos no RS. Foto: Divulgação/Frame de vídeo

Há cerca de um ano, a Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, com o apoio do Sindicato dos Terminais Marítimos do Rio Grande (Sintermar), a fim de mostrar alternativas para o estado ser mais competitivo, contratou a empresa de consultoria Pactum Brasil para levantar quais seriam as medidas que poderiam ser mais efetivas através do governo do estado do RS.

O resultado de tal trabalho, que foi apresentado às entidades empresariais, de classe e governamentais, teve o seu desfecho hoje. O governo do estado do Rio Grande do Sul anunciou nesta quarta-feira, 30 de dezembro, um grande pacote de estímulos ao desenvolvimento gaúcho.

Uma delas, atende diretamente o setor produtivo e logístico que há anos reivindicava melhores condições de competitividade por parte do estado do RS. Agora, o governador Eduardo Leite equiparou o tratamento tributário de Santa Catarina e Paraná com o Rio Grande do Sul para a importação de insumos.

Com o decreto, fica equalizado o tratamento tributário nas importações de produtos que não sejam produzidos no RS. Ou seja, passam a ter a mesma tributação que em outros estados para ser importados pelo sistema logístico gaúcho. Com a mudança, todo o setor logístico gaúcho torna-se mais atrativo aos importadores.

O decreto fala em portos e aeroportos, contudo, o Porto do Rio Grande será o principal beneficiado pela medida. O superintendente dos portos do RS, Fernando Estima, também agradeceu todo o apoio que recebeu do subsecretário da receita estadual, Ricardo Neves e também do deputado estadual Fábio Branco.

“Com essa medida, o governador atende uma das principais demandas do setor e coloca o Rio Grande do Sul em novo patamar de competitividade. É um grande passo dado para dar ainda mais capacidade ao setor produtivo gaúcho e também ao setor logístico, já que isso é uma cadeia. Quanto mais força o setor produtivo tem, mais ganha o setor logístico e a economia do RS”, afirmou Estima.

Segundo a consultora tributária aduaneira, Patrícia Tarnowski, da consultoria Pactum, "a busca dessa isonomia fiscal tornou-se imprescindível para o equilíbrio dos mercados na região sul, potencializando a atratividade através dos preços e do consequente aumento dos volumes de importação. O impacto fiscal vai incentivar naturalmente o aumento desses volumes, aumentando os mercados e agregando lucros maiores a toda a cadeia produtiva, tanto logística quanto empresarial. Os portos gaúchos ficam mais atrativos do que antes perante os principais portos globais, atraindo investimentos internacionais e criando um mercado rico e virtuoso", explicou.

Patrícia completou dizendo, ainda, que "após dois anos de empenho da Superintendência dos Portos e de todos os atores logísticos, este decreto reflete a nova política de incentivos do nosso estado, cada vez mais voltada para a competitividade e a busca do desenvolvimento através de uma infraestrutura completa e em constante aprimoramento".

Segundo Paulo Bertinetti, presidente do Sintermar, mesmo em um ano de muita dificuldade, o complexo portuário avançou muito neste ano. “Da modernidade de um calado oficial em nível internacional, aos volumes operados. O porto é o exemplo do esforço dos gaúchos e rio-grandinos na continuidade das nossas façanhas. Soma-se a isto, a assinatura deste decreto, a qual nos coloca em situação isonômica com os estados vizinhos, visando não só o desenvolvimento do nosso estado com novos investimentos, mas também a continuidade das nossas empresas que buscavam melhores condições fiscais e maior competitividade”.