INSTITUIÇÕES EXPLICAM MOTIVOS PARA O AUMENTO DE APREENSÕES DE DROGAS

  • Um exemplo recente de atuação da Polícia Civil foi a apreensão de 43 kg de maconha com um homem, de 24 anos, na BR 392, por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Rio Grande. Fotos: Divulgação/PC/PRF/BM

Nos últimos meses, as apreensões de expressivas quantidades de drogas na região têm chamado a atenção da comunidade. Notícias relacionadas a esse tipo de atuação por parte das forças de segurança pública são quase que frequentes e mostram a força e a qualificação dos órgãos policiais para tirar de circulação substâncias que fomentariam o tráfico e toda a cadeia violenta que dele decorre.

Mas o que teria colaborado para que esse número de apreensões aumentasse? Seriam as organizações criminosas querendo demonstrar força perante seus adversários? Para entender um pouco mais desses resultados, a reportagem do site Papareia News conversou com representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Brigada Militar, instituições que mais figuraram neste cenário ao longo do ano.

WhatsApp Image 2020-10-20 at 00.06.14Para o chefe do policiamento da 7ª delegacia da PRF, agente Bilhalva, o aumento das apreensões já vinha em uma crescente antes do início da pandemia. De acordo com ele, houve um aumento de investimento em inteligência e tecnologia, que permitem abordagens cada vez mais focadas e assertivas do serviço operacional. Além disso, há também o treinamento do efetivo, que reflete diretamente nos números obtidos.

“Se o ilícito vem cada vez mais escondido, hoje os policiais estão cada vez mais capazes de encontrar esses ilícitos, mesmo tendo que ficar horas e horas desmontando um veículo”, completou Bilhalva. Recentemente, os policiais apreenderam 50 kg de maconha que estavam em um carro que viria para Rio Grande e em outro caso, os agentes localizaram 39 kg da mesma substância que estavam sendo transportados por um idoso para Pelotas.

Já para a delegada regional da Polícia Civil, Lígia Furlanetto, os números expressivos obtidos são frutos de um trabalho de investigação extremamente focado. “A Polícia Civil, que é uma polícia judiciária, que trabalha com investigação, vem focando bastante na investigação dos principais responsáveis pelo tráfico de drogas e no patrimônio desses traficantes. Esse aumento se deve a um direcionamento das investigações para o crime organizado”, explicou.

Um exemplo recente de atuação da Polícia Civil foi a apreensão de 43 kg de maconha com um homem, de 24 anos, na BR 392, por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Rio Grande. Os policiais chegaram até o traficante depois de um trabalho de investigação de 30 dias e após o serviço de inteligência ter recebido uma informação de que ele estaria trazendo o entorpecente da região metropolitana.

Apreens?o canilQuem também tem colaborado para as apreensões de grandes quantidades de drogas é a Brigada Militar. De acordo com o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPOSul), coronel Eduardo dos Santos Perachi, diversos fatores contribuem para os resultados positivos dos batalhões que estão sob a sua área de atuação, entre eles, talvez o mais importante, está a integração entre as forças policiais.

“Nós temos feito várias ações conjuntas com a Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. A integração é um fator importante e temos resultados bem significativos. Além da integração, nós temos a inteligência e a informação, que são as três palavras-chave para os êxitos nas operações”, explicou Perachi. Como exemplo destaca-se uma ação entre o 6º BPM e o 5º BPChq que resultou na apreensão de dez quilos de maconha, na Vila da Quinta.