MILITARES DO EXÉRCITO REALIZAM OPERAÇÃO DE EMBARQUE DE MATERIAIS IMPORTADOS EM RG

  • A Estação Naval de Rio Grande (ENRG) foi o local utilizado para a logística de embarque, por oferecer melhores condições de espaço e de segurança para a movimentação das cargas nos caminhões próprios do Exército. Fotos: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

O Exército Brasileiro concluiu, na noite desta quinta-feira, em Rio Grande, a operação de embarque de materiais adquiridos junto à Alemanha, Canadá e Estados Unidos. Os equipamentos, avaliados em R$ 45 milhões, são conhecidos no vocabulário militar como portadas e consistem em uma espécie de balsa modular utilizada para o transporte de viaturas operacionais e blindados de uma margem a outra de rios e lagoas.

O processo de compra teve duração de aproximadamente dois anos e foi formado por uma série de fases que foram concluídas com o desembarque de parte dessas peças no cais do Terminal de Contêineres (Tecon), no início de setembro. O diferencial destas balsas é que elas são capazes de transportar a mais variada quantidade de tropas e veículos, pois são compostas de módulos centrais e por rampas de acesso.

20200917_194017“Imagine uma balsa com uma embarcação para empurrá-la. Essa balsa é dividida em pedaços que são colocados em cima de viaturas, que chegam próximo da margem e descarregam automaticamente esses módulos, que se abrem sobre a água. Imediatamente, duas lanchas encostam nas laterais e assim novos módulos podem ser agregados”, explicou o tenente-coronel Veras, integrante do 4º Grupamento de Engenharia do Exército, sediado em Porto Alegre.

Dependendo da distância entre uma margem e outra, essas balsas podem funcionar até mesmo como uma ponte e facilitar ainda mais os deslocamentos. “Existe a possibilidade dessas portadas se acoplarem para formar uma maior ou até mesmo uma ponte, dependendo da distância de margem a margem. Então, elas se adequam e se moldam de forma a atender as nossas necessidades”, completou Veras.

20200917_195742A Estação Naval de Rio Grande (ENRG) foi o local utilizado para a logística de embarque, por oferecer melhores condições de espaço e de segurança para a movimentação das cargas nos caminhões próprios do Exército. Os equipamentos serão transportados para o 12º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, em Alegrete, e para o 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, sediado em Porto União, no estado de Santa Catarina.

O período de 3 a 7 de setembro foi reservado para o desembaraço alfandegário e a operação propriamente dita teve início no dia 8 e será finalizada com o deslocamento das últimas peças. Os kits são formados por três módulos centrais, dois de rampas de acesso, duas lanchas e sete viaturas da marca Tatra, com tração 8x8. Até agora foram entregues um kit e meio e a expectativa é de que até o final de 2021 esses dois batalhões tenham seus próprios kits completos.

Enquanto permaneceram em Rio Grande, os 35 militares empregados na operação ficaram alojados na estrutura do 6º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), que também ofereceu alimentação aos profissionais. A logística de transporte foi composta por viaturas administrativas, de escolta, pranchas baixas e de contêineres que puderam ser vistas por quem circulou nas rodovias da região nos últimos dias.