Em visita ao 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o comandando do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPOSul), coronel Eduardo dos Santos Perachi, falou sobre o desenvolvimento do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (Piseg) nos 27 municípios sob a área de atuação do CRPOSul. O Piseg incentiva empresários a destinarem cinco por cento do ICMS pago à segurança pública de suas respectivas cidades.

“O empresário consegue dizer para onde ele quer colocar uma parte do recurso que ele é obrigado a pagar, ou seja, ele aponta para onde ele quer destinar. Ele consegue ver isso efetivado de fato. Então isso vira uma coisa palpável”, explicou Perachi. Como contrapartida, o empresário que participar precisa fazer uma doação para o Fundo Comunitário Pró-segurança, a título de fomento às ações de prevenção para crianças e adolescentes.

Qualquer empresa está apta a destinar parte de seu recurso para o programa, desde que não esteja inserida no Simples Nacional. “O empresário não é obrigado a dar o recurso suficiente para comprar o bem. Qualquer recurso que entra vai para dentro da compra daquele bem que é somado ao todo. O importante é que a pessoa sinta que ela faz parte desse projeto, independente do recurso que ela consiga apontar”, completou.

A cidade de São Lourenço do Sul é o município da área do CRPOSul que mais recursos já arrecadou para o programa até o momento. “Lá a comunidade abraçou muito o projeto e isso vai se estendendo. A partir do momento que cada um chega, vai trazendo mais pessoas”, afirmou Perachi. Ele exemplificou os casos dos responsáveis pelo Frigorífico Coqueiro e o Supermercado Jepsen que durante a reunião de apresentação mobilizaram outros empresários.

“Nós estávamos a questão de quatro meses, aqui no CRPOSul, com nenhum projeto e hoje nós estamos com quase R$ 200 mil em projetos dentro da região. Esse é o início, nós temos muito por trilhar nesse caminho e isso vai ganhar mais corpo quando começarem a chegar esses bens de fato. Com isso, o empresário vai poder enxergar aquilo que ele alcançou ao policial”, disse o oficial.

“O governo não está se furtando de fazer o investimento. Ele continua investindo nas instituições, só que ele abriu uma possibilidade de que cinco por cento, isso é um extra, se possa ser feito o aporte pelo empresário e isso é uma coisa bem palpável. Então o ICMS vira um bem material para a utilização do efetivo da segurança pública”, concluiu o coronel Perachi.