Um áudio com imagens, compartilhado nas redes sociais, principalmente em grupos de WhatsApp, envolve o deputado estadual e pré-candidato a prefeito, Fábio Branco. O material apresenta uma conversa editada entre o parlamentar e representantes da União dos Praças da Brigada Militar (Upbmrs).

No arquivo, é possível perceber três vozes que seriam de Branco e de outros dois homens. “...que esse pessoal que votou contra nós não seja reeleito”, diz a pessoa que não foi identificada. O deputado teria então respondido “eu não estou preocupado com isso. Eu to c**** e andando pra isso, até porque não votaram em mim. Então eu já to aqui e não to com o voto da Brigada. A conversa tava indo bem, então terminou a nossa conversa”.

Em nota encaminhada à redação do site Papareia News, a assessoria do parlamentar informou que “durante a votação da reforma das carreiras estaduais, no fim de 2019, o deputado estadual Fábio Branco, então líder da bancada do MDB, recebeu todas as associações, sindicatos e entidades representativas das categorias”, esclareceu.

Nesse sentido, o comunicado diz, ainda, que “em um destes encontros, dois policiais militares gravaram a conversa de maneira clandestina. Agora, com a proximidade do período eleitoral, trechos dessa conversa foram editados, retirados do contexto e divulgados nas redes sociais”. A assessoria também informou que os responsáveis pela divulgação serão acionados judicialmente.

Após a veiculação desse áudio, a Associação dos Oficiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (Asofbm) emitiu uma nota de reconhecimento à trajetória política de Branco. Segundo a publicação, “a gravação que circula nas redes sociais, obtida de forma clandestina por pessoas que se diziam representantes das praças da BM e do CBM distorce a realidade dos fatos e a conduta irrepreensível do referido parlamentar”.

No final da tarde desta terça-feira, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho da Brigada Militar (Abamf) também se posicionou sobre o fato, afirmando que “a divulgação de um áudio obtido de forma desrespeitosa por um grupo que não representa os servidores de nível médio, não contribui com o processo de construção de um futuro melhor para os brigadianos e brigadianas, que labutam diariamente pela segurança pública do RS e merecem o justo reconhecimento por seu trabalho”.

Procurada pela reportagem do site Papareia News, a Upbmrs informou que “a gravação foi adquirida de forma legal, de acordo com o STF, e o que foi dito pelo deputado não há como negar e comprova o desrespeito com que o mesmo trata a instituição como um todo”. Já com relação à nota emitida pela Asofbm, a União dos Praças disse que “não questionamos a ASOF, pois os mesmos foram valorizados e tiveram seus anseios atendidos pelo deputado, o que infelizmente não ocorreu com os servidores de nível médio”, finalizou.