Avaliado em R$ 56 milhões e com mais de 70% das obras concluídas, o prédio do novo fórum da comarca do Rio Grande se credencia para se tornar um dos mais imponentes da cidade. Com 16.186 metros quadrados de área construída, 9.235 metros quadrados de vidros laminados e 80 toneladas de alumínio, a estrutura vai mudando a paisagem da Rua Roberto Socoowiski, na zona oeste, e contribuindo para a valorização da região.

Na tarde desta quinta-feira, o diretor do foro, juiz de direito Mauro Peil, esteve vistoriando as obras, na companhia do engenheiro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, João Henrique Neumann, e de representantes da empresa Thá Engenharia, vencedora da licitação. A reportagem do site Papareia News também participou da atividade e conheceu a estrutura que deverá ser inaugurada em março de 2021.

A previsão inicial da construtora era de entregar o prédio em dezembro deste ano, porém a pandemia do coronavírus não deixou livre a nova sede do poder judiciário rio-grandino. O prédio, de sete andares, contará com nove elevadores, sendo quatro deles para uso do público e outros quatro privativos aos servidores, com ligação partindo do estacionamento que tem capacidade para 217 veículos. Haverá, ainda, por questões de segurança, um equipamento exclusivo para os transportes de réus e agentes penitenciários.

As divisórias internas de seis dos sete pavimentos foram construídas em drywall, para que os espaços possam se tornar ainda mais adaptáveis as necessidades de cada uma das varas, principalmente após a digitalização por completo dos processos. O material é formado por paredes de chapas duplas e de fácil manuseio, cujas instalações elétricas e hidráulicas são realizadas em seu interior.

Grandes floreiras no pátio principal, para onde convergem as janelas dos corredores, ganharão mudas de árvores nativas. Já na área externa do segundo piso, o projeto prevê a plantação de gramíneas que formarão um enorme jardim de inverno. No topo do prédio, onde estava prevista a instalação de um telhado com plantas, haverá a colocação de placas solares, tecnologia que deverá obedecer um cronograma estabelecido pelo TJRS.

De acordo com o engenheiro gerente da obra, Emerson Leal, essa é a décima construção realizada pela Thá Engenharia no Rio Grande do Sul e a primeira erguida para uma instituição pública. Ainda conforme o profissional, essa será uma obra que terá poucos custos com manutenção, em razão da fachada ser completamente envidraçada e o mínimo de paredes aparentes ser compostas por revestimentos cerâmicos.

Segundo o diretor do foro, Mauro Peil, a obra se caracteriza como uma conquista para a comunidade jurídica e rio-grandina. "Ele traz benefícios não só para quem trabalha, mas também para os usuários do serviço. O prédio que nós temos no centro da cidade está saturado há muito tempo e a estrutura não é compatível com as necessidades", explicou o magistrado.

Peil também falou sobre a localização do novo prédio e sobre uma mudança no panorama local. "Ele é localizado próximo à BR 392. É uma área que não é tão habitada, mas que com certeza vai se desenvolver, como aconteceu em Pelotas. Traz um novo panorama para os usuários do sistema, tornando o serviço com muito mais qualidade para o usuário e permitindo que haja uma melhor prestação do serviço".

Sobre o prédio atual, localizado na esquina das ruas Silva Paes e Benjamin Constant, ele deverá ser entregue ao executivo estadual, mas o município já teria sinalizado o interesse na sua utilização. "Nós temos uma demanda municipal, a Prefeitura pediu que o prédio fique disponível para que eles façam uso. A ideia é ter um centro social ali e prestar serviço aos mais necessitados", adiantou Peil.

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