VAQUINHA PARA AJUDAR FAMÍLIA DE FUNCIONÁRIO DE EMPRESA DE GÁS JÁ ARRECADOU MAIS DE R$ 11 MIL

  • De acordo com o criador da vaquinha, o advogado Júlio César Lamim, tudo começou com um comentário feito por ele nas redes sociais, quando começou a ser chamado por algumas pessoas que queriam prontamente ajudar a família. Foto: Divulgação/Redes sociais

Nesta quarta-feira, o triste episódio de linchamento do funcionário de uma empresa de gás de Rio Grande completa uma semana. O crime repercutiu nas redes sociais e na mídia nacional, sendo noticiado, inclusive, por programas de emissoras de São Paulo, em razão da violência e selvageria com que foi cometido.

Imediatamente, a comunidade rio-grandina se solidarizou com a família do trabalhador, que havia descido do caminhão para prestar socorro e acabou sendo agredido e atingido por disparos de arma de fogo. Nesse sentido, uma vaquinha virtual foi organizada para arrecadar doações que serão repassadas à viúva que está grávida.

De acordo com o criador da vaquinha, o advogado Júlio César Lamim, tudo começou com um comentário feito por ele nas redes sociais, quando começou a ser chamado por algumas pessoas que queriam prontamente ajudar a família. O jurista também levou em consideração a pandemia e acreditou que a medida seria eficaz para evitar aglomerações.

"Acredito também que pelos dados estarem abertos ao público, essa forma teria maior transparência com os valores recebidos e futuramente repassados à viúva", explicou Lamim. Até agora a quantia arrecadada ultrapassa os R$ 11 mil e os interessados em ajudar ainda podem fazer suas doações até o dia 11 de agosto clicando neste link.

Júlio espera que o valor aumente nos próximos dias, pois outras cem pessoas geraram boletos para fazer as doações. "A data do dia 11 de agosto foi escolhida pois alguns apoioadores pediram para dar tempo de receberem o próximo salário. Temos por volta de cem pessoas que tiraram boletos e que torço para que se confirmem", contou Lamim.

O termo vaquinha remete a doação de valores em dinheiro, mas Júlio não descarta a possibilidade da criação de ações por outras pessoas com a finalidade de arrecadar alimentos, porém a situação da pandemia se caracteriza como um dos principais entraves, principalmente pelo fato da viúva estar grávida.

"Não sei se é prudente a moça grávida e com filhos pequenos receber visitas de muitas pessoas nesse momento. Além do mais, acredito que com o dinheiro em espécie, ela terá maior liberdade de escolha no que gastar, seja nas necessidades do bebê que está chegando ou para manutenção da sua casa", esclareceu.

Júlio também contou que a generosidade da população rio-grandina superou as expectativas, mesmo com essa época de crise. "Acredito que todos os rio-grandinos de bem ficaram chocados ao saber da notícia da morte de um trabalhador, ainda mais com tamanha selvageria", afirmou o advogado.

"Tenho certeza que as pessoas boas e solidárias são a maioria esmagadora da comunidade. Tanto que dos contatos que tive com os familiares, seja no dia do sepultamento, seja por WhatsApp, eles sempre demonstraram enorme agradecimento pelo apoio que estão recebendo", finalizou Lamim.