RIO GRANDE ADOTARÁ BANDEIRA VERMELHA A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

  • O prefeito municipal, Alexandre Lindenmeyer, lembrou que a bandeira vermelha possui um critério considerável de restrições e sinaliza a necessidade de um olhar de atenção por parte da população. Foto: Divulgação/Frame de vídeo

O início da noite deste sábado foi de anúncio da nova bandeira do Modelo Papareia de Distanciamento Controlado. Diferente da última semana, em que o indicador atingiu a cor preta, a bandeira da próxima semana será vermelha, mas isso não significa o relaxamento das medidas de distanciamento impostas pelo poder público e as autoridades sanitárias.

A decisão tomada anteriormente levou em consideração 12 indicadores, porém a falta de medicamentos nos hospitais da cidade levaram o Comitê de Saúde a adotar, de forma preventiva, a ação mais drástica. Agora, com os sedativos em estoque foi possível reduzir o índice.

O prefeito municipal, Alexandre Lindenmeyer, lembrou que a bandeira vermelha possui um critério considerável de restrições e sinaliza a necessidade de um olhar de atenção por parte da população. "É necessário que cada um siga fazendo sua parte e saindo de casa somente em caso de necessidade", reforçou o chefe do executivo.

A live de pouco mais de uma hora de duração contou com as participações dos secretários municipais de Desenvolvimento, Inovação e Turismo, Cláudio Dutra, de Coordenação e Planejamento, Roque Werlang, e de Saúde, Maicon Lemos, além do professor da Universidade Federal do Rio Grande, Tiarajú Freitas.

Primeiro a fazer uso da palavra, Freiras explicou os critérios que foram utilizados para a elaboração da média do município, que chegou ao valor de 1,51. A partir desse resultado, o Comitê de Saúde realizou uma avaliação qualitativa e decidiu por ratificar a bandeira vermelha.

Ainda conforme Tiarajú, o número de leitos livres de Unidade de Tratamento Intensivo na região também foi fator preponderante para a tomada dessa decisão. Na última semana, haviam 22 leitos livres e outros 15 ocupados, ao passo que nessa semana são 37 leitos livres e os mesmos 15 ocupados.

O secretário municipal de desenvolvimento, inovação e turismo, Cláudio Dutra, disse que o município vem acompanhando o desenrolar dessa situação de pandemia dentro do ponto de vista econômico. Ele reiterou a gravidade da bandeira e disse que os únicos estabelecimentos que seguirão em funcionamento são os de serviços essenciais, mas os demais poderão funcionar na modalidade delivery para que não haja prejuízos maiores.

O secretário municipal de coordenação e planejamento, Roque Werlang, apresentou a média de distanciamento do município que nessa semana foi de cerca de 60%. Werlang lembrou que no início da pandemia foi possível atingir 70% de distanciamento social e falou da necessidade da realização de um esforço coletivo para que possamos sair dessa situação. Isso possibilitará em breve um retorno econômico e uma segurança na área da saúde.

Já o secretário municipal de saúde, Maicon Lemos, falou sobre a falta de medicamento registrada na semana anterior e afirmou que este é um problema nacional. Ele justificou essa colocação ao citar um ofício recebido do Ministério da Saúde que autoriza a Agência Nacional de Vigilância sanitária a fornecer o apoio necessário para a compra internacional de medicamentos, começando pelo Uruguai.

Ainda conforme Lemos, os esforços empregados por diversas intituições permitiram que Rio Grande se tornasse a primeira cidade do Brasil a adquirir medicamentos fora do país. Esses sedativos permitem que os pacientes em estados mais críticos possam fazer uso dos respiradores artificiais.

Maicon também lembrou que a taxa de recuperação de pacientes está casa dos 70%, com cerca de 424 pessoas curadas. O município está trabalhando na estruturação de cinco centros de acolhimento Covid nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), com o objetivo de oportunizar atendimento nos bairros que possuem uma maior incidência de casos.

Uma equipe multidisciplinar está trabalhando para acompanhar o funcionamento das casas geriátricas, com os profissionais realizando visitar e verificando a situação de cada um dos idosos internados. Já na área de urgência, o município estará recebendo mais uma ambulância para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para utilização no atendimento das demandas relacionadas ao coronavírus.