VOLUME DE PERÍCIAS EM DROGAS AUMENTA 35% EM DOIS ANOS

  • Para a Perita Criminal, chefe da Divisão de Química Forense do IGP, Lara Gris, o resultado é consequência do aumento do volume de apreensões da Polícia Civil e Brigada Militar, e mostra a importância da participação do IGP nas ações de Segurança Pública. Foto: Divulgação/IGP

A quantidade de perícias de identificação de drogas realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) cresceu 35% entre 2017 e 2019. O volume de amostras de cocaína cresceu 73%, chegando a 15.428 até o final do ano passado. Os dados são do Departamento de Perícias Laboratoriais (DPL), responsável por analisar as amostras enviadas após apreensões em todo o Estado. Ainda segundo o levantamento, a quantidade de amostras de maconha periciadas foi de 20.250, 25% a mais do que em 2017.

Outro dado que chama atenção é o aumento nas análises das chamadas Novas Substâncias Psicoativas (NSP). Apesar de representarem um volume pequeno no universo de análises, o crescimento foi de 50% em cinco anos: de 2% para 3% do total de amostras analisadas. Essas drogas são fabricadas para imitar os efeitos farmacológicos da droga original e, ao mesmo tempo, evitar a classificação como ilegais e/ou a detecção em testes feitos pelos laboratórios de perícia. A identificação dessas drogas exige atualização constante da equipe, para identificar os padrões que caracterizam a droga. Desde 2015, o DPL já identificou mais de dez novas substâncias.

Para a Perita Criminal, chefe da Divisão de Química Forense do IGP, Lara Gris, o resultado é consequência do aumento do volume de apreensões da Polícia Civil e Brigada Militar, e mostra a importância da participação do IGP nas ações de Segurança Pública. “A perícia fornece a prova material que comprova a existência do crime, o que fundamenta as prisões e condenações”, explicou.

A perita também alertou para as consequências do consumo dessas drogas e seus derivados, como crack. A cocaína, extraída da folha da coca, é o mais potente anestésico natural, e pode levar à morte por overdose. Já a maconha pode causar desde uma simples sensação de euforia até alucinações, pânico e sintomas psicóticos.