Na última segunda-feira, o Corpo de Bombeiros de São Lourenço do Sul atuou em uma ocorrência de salvamento de um cavalo que estava sendo atacado por um enxame de abelhas. Apesar de ter sido retirado com vida do local e entregue ao responsável pelo recolhimento no município, ele acabou não resistindo e morrendo por conta de um choque anafilático.

Mesmo que os ataques não sejam tão comuns, é preciso que os proprietários tenham cuidado ao deixar os animais em terrenos baldios ou formados por diversas árvores, locais onde o perigo pode estar escondido. Esse é um alerta que vale para animais de todos os portes, pois apenas uma ferroada pode ser capaz de causar problemas graves, inclusive a morte.

Pensando nisso, a reportagem do site Papareia News conversou com o veterinário Henrique Schneider Pestano, profissional que atendeu o cavalo e orientou a aplicação do medicamento neutralizador do veneno. Durante a entrevista, ele explicou que uma única ferroada pode se tornar fatal para o animal, dependendo da raça e de outras circunstâncias.

Ao sair para passear na rua, é preciso que os donos tenham bastante cuidado e evitar que os animais saiam sem guia, pois pela curiosidade ou atraídos por algum cheiro, eles acabam sumindo do campo de visão das pessoas para explorar novos lugares. “As ferroadas das abelhas são prejudiciais para os animais, tanto pet como de grande porte”, explicou o profissional.

Caso um ataque não consiga ser evitado, é preciso que o animal seja retirado do local o mais rápido possível e encaminhado imediatamente para atendimento de um médico veterinário. “Ele irá fazer uma avaliação do animal verá qual o melhor procedimento a fazer. Normalmente, a administração de um anti-histamínico junto com uma fluidoterapia”, esclareceu Pestano.

Nessa situações, o cuidado é extremamente importante, pois não há um número específico de ferroadas que venham a causar a morte do animal. “Isso é um fator individual. Podem ter animais mais sensíveis e outros mais resistentes. Animais de raça normalmente tem a tendência de ser mais sensíveis e algumas outras raças são mais resistentes”, alertou Henrique.

Ainda segundo o veterinário, “não tem como a gente precisar o número de ferroadas necessárias para causar a morte de um animal, mas quanto maior o número de ferroadas, maior será a chance delas causarem a morte”. Por conta disso, é necessário que os proprietários saibam onde irão passear ou deixar os animais por longos períodos de tempo.