FECOMÉRCIO SOLICITA APOIO DA CNC PARA FLEXIBILIZAÇÃO DO ICMS

  • A Fecomércio aponta ainda, que, excluindo-se medicamentos, itens de higiene, alimentos e combustíveis, as vendas dos demais produtos caíram 45,6% no mesmo período. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Devido aos graves efeitos que a pandemia do Covid-19 vem causando na economia, a Fecomércio solicitou apoio da Confederação Nacional do Comércio (CNC), junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), visando a instituição de medidas urgentes a serem implementadas no estado, com relação à flexibilização do pagamento de ICMS. A entidade que representa as empresas do comércio de bens, serviços e turismo, aponta que tais medidas seriam mais do que razoáveis no momento em que a crise tem prejudicado diretamente os mais variados segmentos econômicos, tanto pequenos como médios e grandes.

Para embasar ainda mais o pedido de apoio, a entidade destacou os dados de notas eletrônicas da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), que demonstram queda de 25,8% nas vendas do varejo, 19,7% na indústria e 9,8% no atacado desde o início das medidas de isolamento social. “Em um recorte mais específico, observando apenas os últimos 28 dias até o dia 17 de abril, o mesmo estudo da Sefaz mostra que as regiões do Estado e os segmentos têm sido penalizados de maneira diferente e, em alguns casos, tem-se quase o colapso das vendas, com perdas, segundo os Coredes, que vão de 31% e 33% na serra e região metropolitana respectivamente, até 45% na região das Hortênsias”, disse o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A Fecomércio apontou, ainda, que, excluindo-se medicamentos, itens de higiene, alimentos e combustíveis, as vendas dos demais produtos caíram 45,6% no mesmo período. “E aqui vale salientar os seguintes: a) na venda de vestuário, a média diária de 2020 é 80% menor do que em 2019; b) a venda de malhas caiu 76,7%; c) calçados, 74,9%; d) veículos automotores, 64,9%; e) móveis e colchões, 53,9%”, informou o presidente da entidade que destacou também os 253 mil empregos formais que estão em risco no Rio Grande do Sul seja pela proibição de funcionamento, seja pela significativa queda de demanda no varejo e no comércio, além da reparação de veículos, que contam com mais de 61 mil.

“Nos serviços, apenas nas atividades mais explicitamente afetadas, são mais de 188 mil e nem estamos contabilizando os incontáveis informais que orbitam essas atividades. No total, são cerca de 503 mil empregos em risco”, finalizou Bohn.