CASA BRANCA ANUNCIA QUE NÃO ENVIARÁ TROPAS PARA COMBATER O ESTADO ISLÂMICO

Dois dias antes do anúncio do plano prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para "destruir" o Estado Islâmico - milícia mulçumana extremista que atua no Iraque e na Síria - a Casa Branca adiantou que a ofensiva não prevê o envio de tropas terrestres, mas que a ação terá bombardeios aéreos e que a diplomacia também será utilizada para alcançar o objetivo.

As declarações sobre o plano que Barack Obama prometeu anunciar na próxima quarta-feira (10) foram feitas pelo secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, durante uma conversa com jornalistas hoje (8).

Earnest não adiantou detalhes sobre o novo plano militar contra o Estado Islâmico, mas disse que a ofensiva terá características parecidas às das missões antiterroristas anteriores dos Estados Unidos, como a executada contra a Al Qaeda.

"Os Estados Unidos vão intensificar os ataques aéreos contra o Estado Islâmico, treinar, assessorar e partilhar informação com o Exército iraquiano sobre como perturbar e destruir a milícia", informou.

O Estado Islâmico atua no norte do Iraque e na Síria e já conquistou parte dos territórios dos dois países.  Em agosto, o presidente Barack Obama anunciou uma intervenção militar americana na região contra a milícia, para conter a ação do grupo e recuperar territórios conquistados pelo Estado Islâmico .

Em retaliação o Estado Islâmico executou dois jornalistas americanos que vinham sendo mantidos como reféns.

Earnest lembrou que o Congresso americano deve autorizar a iniciativa e explicou que o objetivo será "proteger a população do Oriente Médio e proteger o território americano de atentados terroristas". "É possível que algum combatente da milícia possa ter passaporte americano", disse.

Em agosto, o presidente Obama determinou ataques aéreos sobre a região dominada pelo grupo no Norte do Iraque. Hoje o Pentágono declarou que mais de 140 missões de bombardeiro foram concluídas a partir de um porta-aviões localizado no Golfo Pérsico.

Texto: Leandra Felipe - Correspondente Agência Brasil/EBC

Edição: Fábio Massalli