DIA DAS MÃES: SEGUNDA MELHOR DATA DO COMÉRCIO FOI AFETADA EM RIO GRANDE

  • Mesmo com os apelos da CDL ao Executivo Municipal, propondo inclusive modelos de abertura controlada, boa parte do comércio só funcionou por meio de delivery. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

As vendas para o Dia das Mães no varejo gaúcho registraram 56% de queda comparado com o normal comercializado neste período. De acordo com levantamento da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), realizado entre sexta e domingo com empresários de diferentes regiões do Estado, o ticket médio das vendas foi de até R$ 50 para 31,6%, entre R$ 50 e R$ 100 para 26,3% e mais de R$ 200 para 21,9%. 

O presidente da AGV, Sergio Galbinski, explicou que as pessoas estão com menor poder aquisitivo, o que justifica a queda já esperada pela entidade. "O índice de queda foi apontado na pesquisa anterior que fizemos, onde a maioria dos empreendedores já estava esperando vender pouco. A economia toda parou, muitos consumidores são profissionais liberais e o contexto mudou. Acreditamos numa retomada gradual mas somos todos conscientes que teremos que conviver por um longo período com este vírus e com as mudanças que ele acarreta, em diferentes sentidos e segmentos", argumentou.

Em Rio Grande, segundo o presidente da CDL, Igor Klinger, esse número pode ser até pior. “As autoridades locais não seguiram as orientações que já estavam postas pelo Governo do Estado e tivemos em Rio Grande o trancamento mais rígido da zona sul no comércio”, explicou.

Mesmo com os apelos da CDL ao Executivo Municipal, propondo inclusive modelos de abertura controlada, boa parte do comércio só funcionou por meio de delivery. Enquanto isso, a CDL Rio Grande segue em diálogo com o Executivo na expectativa de aderência ao plano de distanciamento controlado proposto pelo Estado. “Precisamos trabalhar para conquistar o público das trocas e minimizar os impactos desse Dia das Mães totalmente inesperado”.

Quando questionados sobre "Quais os meios que está utilizando para relacionamento com o cliente?", a maioria dos empresários do RS (69,3%) está atuando no WhatsApp, seguido por loja física (60,5%), Instagram e Facebook (ambos com 57%). Ligações estão sendo outra opção para 33,3% dos lojistas. Em decorrência das exigências impostas pela Covid-19, 36,8% das lojas estão abertas com restrições, 33% está fechada e 28,1% operando apenas com tele-entrega.