MOVIMENTO NOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS CAI CERCA DE 60%

  • Fora do período de isolamento social, eram comercializados diariamente cerca de cinco mil litros, número que chegou a ser reduzido para 1,7 mil litros em um desses dias de baixa procura. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Apesar de serem considerados essenciais, os postos de combustíveis têm registrado uma movimentação atípica durante os dias de quarentena. Nos locais onde antes havia a formação de filas, hoje é possível abastecer tranquilamente e mesmo com a redução no valor do litro da gasolina, a procura ainda é considerada baixa.

De acordo com Eduardo Lopes, gerente de um posto localizado na esquina da Rua Cristóvão Colombo com Avenida Pelotas, o movimento caiu cerca de 60%, mas a última semana foi a que registrou uma perda ainda maior. Com o início do mês, a expectativa é que o volume de vendas aumente e seja possível recuperar um pouco do prejuízo dos dias de março.

Segundo ele, fora do período de isolamento social, eram comercializados diariamente cerca de cinco mil litros, número que chegou a ser reduzido para 1,7 mil litros em um desses dias de baixa procura. Para tentar compensar as perdas, o valor do litro tem reduzido cerca de três centavos por dia, mas mesmo assim não é suficiente para atrair a atenção do consumidor.

Conforme Lopes, o valor só não baixou mais porque não houve a troca de estoque e por isso os postos não conseguem acompanhar a velocidade das reduções repassadas às refinarias. Quem também vem sentindo os impactos da quarentena é a loja de conveniências do posto que sofreu uma queda de vendas na casa dos 70% e ainda não conseguiu se recuperar.

Um outro dado que comprova a queda no movimento é com relação ao reabastecimento do estoque do posto: antes da determinação de fechamento do comércio e com as atividades acontecendo a pleno, eram usados dois caminhões por semana para abastecer os três tanques de 30 mil litros e hoje essa frequência é de um caminhão a cada uma semana e meia.