NOIVA DO MAR CONCEDE FÉRIAS COLETIVAS PARA FUNCIONÁRIOS

  • Por conta das determinações das autoridades sanitárias e municipais, a demanda registrou queda de 85% e deve se manter nessa média pelos próximos dias de restrição de circulação de pessoas. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Na tarde desta quarta-feira, a garagem da empresa Noiva do Mar Mobilidade estava com quase todos os ônibus da frota estacionados lado a lado. O motivo desta cena incomum para um meio de semana foi o primeiro dia de férias coletivas concedidas a mais de 200 funcionários, em razão dos impactos na operação por conta das medidas de prevenção ao coronavírus.

De acordo com a gerente operacional, Edneuman Assunção, a empresa atingiu o ápice de sua capacidade e mesmo com a liberação desse número de colaboradores, outros 45 terão de ser demitidos no decorrer do mês de abril. Além disso, foram adotadas reduções nas jornadas de trabalho dos setores administrativo e de manutenção, suspensão das atividades do programa Jovem Aprendiz, entre outras medidas.

Por conta das determinações das autoridades sanitárias e municipais, a demanda registrou queda de 85% e deve se manter nessa média pelos próximos dias de restrição de circulação de pessoas. Na terça-feira, por exemplo, o sistema transportou 9.096 passageiros, sendo que deste montante 2.300 fizeram uso de algum tipo de gratuidade tarifária, o que comprova que o serviço está sento utilizado por quem deveria estar em isolamento social.

A gestora lembrou que este é um período para que as pessoas permaneçam em suas residências e disponibilizem os lugares aos profissionais dos serviços essenciais, uma vez que os veículos devem circular apenas com passageiros sentados. "É preciso haver uma conscientização por parte das pessoas, elas precisam entender que nós estamos em período de isolamento social", enfatizou.

Nesse período de isolamento, houve um dimensionamento da frota para conseguir atender justamente quem atua em atividades essenciais e precisa se deslocar para trabalhar. De acordo com dados operacionais, 23% da demanda atual é composta por passageiros considerados com sendo do grupo de risco. Enquanto isso, o transporte coletivo no país aguarda pela concessão de auxílio dos governos em todas as esferas.