CAMINHONEIROS E REPRESENTANTES DE TRANSPORTADORAS REALIZAM PROTESTO POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO NO PORTO

  • A principal reclamação da categoria é que o caminhões precisam ir à balança pelo menos três vezes antes de deixar o Porto. Foto: Rodrigo de Aguiar/Papareia News

Cerca de 350 caminhoneiros autônomos e representantes de transportadoras da cidade participaram de um protesto por melhores condições de trabalho, na manhã desta segunda-feira, em frente ao Portão 2 do Porto do Rio Grande. Segundo os profissionais, a forma de carragamento dos caminhões não está adequada e os veículos acabam deixando o cais com excesso de peso.

Os trabalhadores atuam no transporte de graneis, como fertilizantes, trigo, arroz e cevada, que são levados do Porto até as empresas Rio Grande Fertilizantes, Fertilizantes Piratini, Timac, Mosaic, Zanon, Insumotec, AGM, Vanzin Armazéns, Cibrafértil, Coxilha, Unifértil e Multifértil para beneficiamento. A principal reclamação da categoria é que o caminhões precisam ir à balança pelo menos três vezes antes de deixar o Porto.

De acordo com Claudenir Costa e Silva, proprietário da empresa Moura Transportes, que estava apoiando o movimento pacífico, o guindaste do operador portuário tem como controlar o peso que vai largar em cima de cada caminhão, só que esse controle não existe, principalmente por parte da empresa Vanzin. "A pergunta que fica é: se o operador portuário tem o controle do peso, por que os caminhoneiros precisam fazer a operação de pesagem várias vezes?", questionou.

Ainda conforme Silva, esse problema acontece há muitos anos e os caminhoneiros acabam sendo penalizados com multas pelo excesso de peso, além dos veículos que sofrem desgastes desnecessários. O que os profissionais cobram e contam com o apoio da empresa Piratini Fertilizantes é que os caminhões sejam carregados com o peso correto, mas para isso é preciso que os operadores portuários também façam sua parte.

Além da Vanzin, os descarragamentos são realizados também pela empresa Serra Morena que, conforme os trabalhadores, carrega com o peso necessário. Os trabalhadores também informaram que a empresa Vanzin alega que ao fazer a pesagem pode forçar o cabo dos guindastes. Em setembro do ano passado, uma reunião foi realizada com a participação da Superintendência do Porto, mas até agora tudo segue na mesma situação.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande (Sindicam), José Roberto Tadeu da Rosa, também esteve presente no local da manifestação e colocou a entidade sindical à disposição dos caminhoneiros. No momento em que nossa reportagem esteve no Portão 2 conversando com os trabalhadores, acontecia uma reunião entre os operadores portuários e um representante da empresa Fertilizantes Piratini.

Rosa informou que a empresa Vanzin se mostrou favorável a acertar a questão da balança e o peso dos caminhões. Agora, o Sindicam irá solicitar uma reunião com a Superintendência para que as adequações sejam promovidades com a maior brevidade possível. Também devem participar do encontro representantes das empresas Moura e Santa Cruz, duas das cinco transportadoras da cidade.